Malandragem é Linha de Força, Linha de Caridade, É Linha de Umbanda. Hoje ando na Linha... Sou Malandro, sou protegido por nosso Pai Glorioso Guerreiro São Jorge e pela energia de Ogum, com essa proteção levo a todos que me chamam a Segurança, a Paz e a Ordem... Sou Jogador, mas não jogo com isso, pois sei que com proteção não se brinca! Na Navalha, no Carteado, no Chapéu, no Dado, na Cerveja, na Ficha, no Cigarro e até no Terço que carrego, tenho minha Magia e meus Mistérios, mas levanta da Mesa e chora, quem não tem a Malandragem em seu caminho! Proteção, Paz e Luz de nosso Senhor aos Filhos de Umbanda... Salve a Malandragem!

Por Malandro Zé da Silva.

Seguidores da Malandragem

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Verdadeira Fortuna - Por Zé Pilintra




Era a segunda noite que a insônia indesejável me fazia companhia, e para passar as horas, ler um livro ou assistir a TV, são opções a considerar. Naquela quarta-feira chuvosa, minha escolha foi a telinha, e navegar pelos muitos canais disponíveis em busca de algo que valesse a pena ver. Em outro momento talvez eu seria mais tolerante, mas naquela noite de vigília imposta, eu estava muito irritado. Lá pelas tantas, percebi que o Sr. Zé Pilintra estava sentado no outro extremo do sofá, e como sempre calmo, de pernas cruzadas curtia uma cigarrilha pendurada no canto da boca.

– Saravá meu paizinho, disse eu com a voz rouca… Depois dele sorrir e gesticular, eu prossegui:

– Veja que coisa absurda meu paizinho…

– Onze canais estão ocupados por religiosos! Mudei rapidamente de canal e apontei o dedo para a TV:

– Veja este cara paizinho! Está pedindo grana descaradamente!

– Será que ninguém vê isso acontecendo!!! Que absurdo! Como fica isso???

Ele levanta os olhos para o teto, faz vários círculos de fumaça e continuou:

O ouro é sem dúvida a maior provação a que se pode submeter o homem.

A convivência com o dinheiro causa imensa preocupação naqueles que estão voltando a terra, pois sabem eles o poder que tem o dinheiro de comprometer toda uma evolução.
Por mais preparados que estejam os irmãos encarnados, não resistem muitos, aos encantos do dinheiro, e percorrem toda existência na carne, escravos do ouro. Enfeitiçados, esquecem dos compromissos de outrora, e cegos pela ganância, sem pudor e sem receio de se expor, lançam mão de todo tipo de artimanhas para conseguir acumular fortuna. Não quero com este depoimento dizer que não devas progredir e adquirir posses, mas afirmo que deveria o dinheiro, ganho de forma honesta, ser apenas mais um instrumento para o exercício da caridade e para o seu crescimento como filho de Deus.

Chegará o dia em que estarás de frente ao juiz celestial. Nada além de suas vestes terás, e Ele terá nas mãos uma lista de todas as suas obras, a qual representará a verdadeira fortuna acumulada por você ao longo da vida. Para aqueles que tiveram uma existência ofuscada pelo brilho do ouro, a lista estará em branco e nada mais restará senão retornar e começar tudo de novo.

– Mas… paizinho… e aquelas pessoas que doam parte de seus ganhos, passam dificuldades, e muitas vezes são enganadas???

Ele se levanta, dá um tapinha nos meus ombros e diz:

– Maninho… a responsabilidade maior é de quem toma, e não de quem doa…

Em seguida Ele foi embora, e o sono finalmente se apresentou…

Saravá meu Pai Zé Pilintra!


Por: Wilson de Omulu

Malandros, Salve a Malandragem!!!


Os malandros têm como principal característica de identificação, a malandragem, o amor pela noite, pela música, pelo jogo, pela boemia e uma atração pelas mulheres. Isso quer dizer que em vários lugares de culturas e características regionais completamente diferentes, sempre haverá um malandro. O malandro de Pernambuco, dança côco, xaxado, passa a noite inteira no forró; no Rio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de samba e passa suas noites na gafieira. Atitudes regionais bem diferentes, mas que marcam exatamente a figura do malandro.

No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo do antigo malandro da Lapa, contado em histórias, músicas e peças de teatro. Alguns quando se manifestam se vestem a caráter. Terno e gravata brancos. Mas a maioria, gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda, e justificam o gosto lembrando que: “a seda, a navalha não corta”. Navalha esta que levavam no bolso, e quando brigavam, jogavam capoeira (rabos-de-arraia, pernadas), às vezes arrancavam os sapatos e prendiam a navalha entre os dedos do pé, visando atingir o inimigo. Bebem de tudo, da Cachaça ao Whisky, fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto. São cordiais, alegres, dançam a maior parte do tempo quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá.

Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm capacidade espiritual bastante elevada para resolvê-los, podem curar, desamarrar, desmanchar, como podem proteger e abrir caminhos. Têm sempre grandes amigos entre os que os vão visitar em suas sessões ou festas.

Existem também as manifestações femininas da malandragem. Manifesta-se como características semelhantes aos malandros, dança, samba, bebe e fuma da mesma maneira. Apesar do aspecto, demonstram sempre muita feminilidade, são vaidosas, gostam de presentes bonitos, de flores principalmente vermelhas e vestem-se sempre muito bem.

Ainda que tratado muitas vezes como Exu, os Malandros não são Exus. Essa idéia existe porque quando não são homenageados em festas ou sessões particulares, manifestam-se tranqüilamente nas sessões de Exu e parecem um deles.

Os Malandros são espíritos em evolução, que após um determinado tempo podem (caso o desejem) se tornarem Exus. Mas, desde o início trabalham dentro da linha dos Exus.

Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das palavras e dos termos com os quais são compostos os pontos e cantigas dessas entidades. Assim é o malandro, simples, amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode enganá-lo, ele o desmascara sem a menor cerimônia na frente de todos. Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro, detesta que façam mal ou enganem aos mais fracos. Salve a Malandragem!

Na Umbanda o malandro vem na linha dos Exus, com sua tradicional vestimenta: Calça Branca, sapato branco(ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.

Gosta muito de ser agradado com presentes, festas, ter sua roupa completa, é muito vaidoso, tem duas características marcantes: Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar, gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las ,etc...

Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem, gosta de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas características.

Às vezes muda um pouco, pede uma outra roupa, um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha e às vezes até cartola. Em alguns terreiros ele usa até uma capa preta.

E outra característica dele é continuar com a mesma roupa da direita, com um sapato de cor diferente, fuma cigarros, cigarilhas ou até charutos, bebe batidas, pinga de coquinho, marafo, conhaque e uísque, rabo-de-galo; é sempre muito brincalhão, extrovertido.

Seu ponto de força é na subida de morros, esquinas, encruzilhadas e até em cemitérios, pois eles trabalham muito com as almas...

Salve a Malandragem!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Quem Sou?



Sou guia, sou corrente, egregora e proteção.

Sou chapéu, sou terno, gravata e anel.

Sou sertão, sertanejo, carioca, paulista, alagoano e brasileiro.

Sou Mestre, Malandro, Baiano, Catimbozeiro, Exu e Povo de Rua.

Sou faca, facão e navalha.

Sou armada, cabeçada e rasteira.

Sou Lua cheia, sou noite clara, sou céu aberto.

Sou o suspiro dos oprimidos, sou a fé dos abandonados.

Sou o pano que cobre o mendigo, sou o mulato que sobe o morro e o Doutor que desce a favela.

Sou Umbanda, Catimbó e Candomblé.

Sou porta aberta e jogo fechado.

Sou Angola e sou Regional.

Sou cachimbo, sou piteira, cigarro de palha e fumo de corda.

Sou charuto, sou tabaco, sou fumo de ponta, sou brasa nos corações dos esquecidos.

Sou jogo de rua, sou baralho, sou dado e dominó.

Sou cachetinha, sou palitinho, sou aposta rápida.

Sou truco, sou buraco e carteado.

Sou proteção ao desamparado, sou o corte da demanda e a cura da doença.

Sou a porta do terreiro, sou gira aberta e gira cantada.

Sou ladainha, sou hino, sou ponto, sou samba e sou bamba.

Sou reza forte, sou benzimento, sou passe e transporte.

Sou gingado, sou bailado, sou lenço, sou cravo vermelho e sou rosas brancas.

Sou roda, sou jogo, sou fogo.

Sou descarrego, sou pólvora, sou cachaça e sou Jurema.

Sou lágrima, sou sorriso, sou alegria e esperança.

Sou amigo, parceiro e companheiro.

Sou Magia, sou Feitiço, sou Kimbanda e sou demanda.

Sou irmão, sou filho, sou pai, amante e marido.

Sou Maria Navalha, Sou Zé Pretinho, sou Tijuco Preto e sou Camisa Preta.

Sou sobrevivência, sou flexibilidade, sou jeito, oportunidade e sabedoria.

Sou escola, sou estudo sou pesquisa e poesia.

Sou o desconhecido, sou o homem de história duvidosa, mas sou a história de muitos homens.

Sou a vida a ser vivida, sou palma a ser batida, sou o verdadeiro jogo da vida EU... SOU ZÉ PILINTRA!!!!!


Salve a Falange de Zé Pilintra! Salve a Malandragem!!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Catimbó e o Xamanismo - Salve Seu Zé!



O Catimbó é a prática de rezas e orações, e com as folhas de Jurema, proveniente da árvore Jurema, sagrada da natureza. É a invocação dos espíritos da Jurema (encantados), e serve para curar doenças, trazer a Paz e dar prosperidade a todos. O CATIMBÓ de seu Zé Pelintra se baseia no antigo e verdadeiro catimbó da JUREMA. Dentro da Umbanda, sem ser muito percebido, Zé Pelintra pratica e muito seu Catimbó. O prato principal é o Cuscuz de Peixe, que é símbolo da saúde e prosperidade. São Mestres de Catimbó, o Mestre Carlos, Arigó, Araribóia, etc... Nas situações mais difíceis, perante os seres humanos que se julgam, às vezes MESTRES, que se acham muito entendidos nos assuntos espirituais de Umbanda e Candomblé, Zé Pelintra sempre se mantém humilde perante essas situações. A vaidade humana é sem dúvidas o atraso das Obras espirituais. Devemos sempre apreender a sermos humildes e nos considerar sempre um eterno Aprendiz, pois mesmo o mestre sempre está apreendendo com outro mestre. No Catimbó de seu Zé, a bebida Vinho da Jurema é feita a partir da árvore sagrada, com folhas da jurema branca, rapadura, e outros mistérios, e serve para curar males físicos do corpo e é usada em rituais sagrados do Catimbó. A Jurema preta é usada para lavar feridas infectadas e assim cicatrizá-las. O fumo utilizado é de charutos nobres, e o macaia às vezes somente para curas externas. As rezas são variadas, e mesa sempre com muita fartura, sob a égide do Patrono Santo Antonio. Dentro do catimbó encontramos também um pouco de XAMANISMO. Mas o que é Xamanismo? É um caminho, uma forma de religião dos nossos Irmãos Índios Ameríndios, que buscam a cura das pessoas através das plantas, rezas, ervas e banhos. O Catimbó e o Xamanismo são parecidos em alguns aspectos e comungam de fatores iguais: - Deus e a Natureza. O Xamanismo é principalmente praticado pelos Indios Amerindios. Claro que o Catimbó e o Xamanismo tem fatores que aproximam o homem da natureza, do seu interior e de Deus.

Salve as Religiões, Cultos e Rituais Espirituais.

Salve o Catimbó... Salve Zé Pelintra.


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Na Mesa de Jogo... é melhor perder ou deixar de Ganhar? Assim é a Vida... as vezes tem que deixar de ganhar! Dar um paço pra trás, pra dar dois pra Frente...

Malandro Zé Pretinho.

O Mundo dá Voltas, por isso não fique parado! Sr Zé da Silva

Homenagem do Walt Disney aos Malandros Cariocas

AQUARELA DO BRASIL. É um curta metragem americano de animação da Disney lançado em 1942. E mostra pela primeira vez o personagem Zé Carioca, criado especificamente para o filme "Saludos Amigos" o sexto longametragem de animação dos Estúdios Disney e faz parte do último segmento do filme. O desenho mostra o Zé apresentando o samba e a cachaça ao Donald que está visitando o Brasil. Pra desenvolver o "curta" os desenhistas da Disney viajaram até o Rio de Janeiro, inclusive o próprio Walt Disney esteve no Brasil. A produção do desenho está relacionada com os esforços dos Estados Unidos para reunir aliados durante a segunda guerra mundial (1939-1945), esforço esse conhecido como "política da boa vizinhança". (Fonte wikipédia)

Salve!

Salve!